11 de janeiro de 2009

Massacre Palestino

Antonio Sebastião de Lima
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A ONU errou ao ceder parte do território da Palestina aos judeus. Nunca mais a região teve paz. A covardia e os mesquinhos interesses dos governantes das nações européias ensejaram o avanço de Hitler e a deflagração da guerra. O mesmo pode acontecer agora, se a agressividade de Israel não for contida. Para justificar o genocídio atual, os judeus acusam os palestinos de terroristas. As nações controladas pelo poder econômico dos judeus se omitem. Como os hebreus não dizem uma verdade sem que lhe sigam duas mentiras, o general Ben Gurion disse a verdade ao afirmar que o deus do seu povo não é o deus dos outros e mentiu ao afirmar que a Palestina era dos judeus. A Palestina era dos cananeus. Abraão saiu da cidade de Ur, na Caldéia, dirigiu-se para o norte da Mesopotâmia e de lá seguiu para Canaã. Os atritos com os vizinhos eram constantes. Fugindo da crise de abastecimento e da pobreza, foi para o Egito e cedeu a formosa esposa (Sara) à lascívia do faraó. Em troca, foi bem tratado e recebeu ovelhas, bois, jumentos, camelos, servos, ouro e prata. Abraão, o proxeneta, gerou Ismael e Isaac. Da descendência do primeiro, surgiu a nação árabe; da descendência do segundo, a nação hebraica. Tudo isso narrado na bíblia, livro de credibilidade muito fraca.
Em primoroso artigo publicado no jornal Tribuna da Imprensa (13.11.2008, pág. 4) Paulo Sólon cita a opinião do filósofo Baruch Spinoza (1633-1677): a bíblia é uma fraude colossal. Certamente, Spinoza referia-se à mesma bíblia lida por Thomas Hobbes (1588-1679) impressa por Johannes Gutenberg (1397-1468) da qual constava o capítulo 14, do livro II de Esdras (ou livro de Neemias). Depois que Hobbes o transcreveu no seu livro, esse capítulo deixou de constar em posteriores edições da bíblia. Segundo os versículos desse capítulo, Esdras conversava com Deus e assim se expressava: “Tua lei foi queimada” (na destruição de Jerusalém pelo exército da Babilônia); “portanto, nenhum homem conhece as coisas que foram feitas, nem as obras que hão de começar. Porém, se encontrei graça diante de ti, envia-me ao Espírito Santo e escreverei tudo o que aconteceu no mundo, desde o começo, o que estava escrito em tua lei, para que os homens possam encontrar teu caminho e para que aqueles que viverão nos últimos dias possam viver” (Leviatã, Madri, Editora Nacional, 1979, pág.453). Esdras escreveu todos os livros do antigo testamento até o ano 400 AC. O que chegou até nós como “escritura sagrada” nada mais é do que o produto da imaginação de um grupo de judeus manhosos (Esdras, Neemias, Zorobabel e outros) reunidos na Pérsia sob a proteção do rei, antes do retorno a Jerusalém, no final do desterro.
Einstein comparou a bíblia aos contos infantis. Tudo fantasia, da qual os judeus tiram proveito até hoje. Há pessoas que ainda acreditam ser o povo judeu eleito de Deus. O eleitor, se houve, foi o deus dos hebreus, como disse Gurion. Javé ou Jeová, deus nacional dos judeus não se confunde com o Pai Celestial, deus universal dos cristãos. Cruel, vingativo, genocida, trapaceiro, materialista, Javé / Jeová é a imagem e semelhança do seu povo. Por um escorregão, mata o carregador da Arca da Aliança. Por vingança, dá ordens a Saul para matar Amalec e votar ao interdito tudo que lhe pertence, sem nada poupar: “matarás homens e mulheres, crianças e meninos de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”. E aconteceu o massacre. Autoriza a invasão de terra alheia (Canaã) e a morte dos seus donos. Promete doá-la aos hebreus e faz aliança com os patriarcas. Deus universal, onipotente, onisciente e onipresente, não necessita dos homens para coisa alguma, nem celebra pactos ou contratos, práticas eminentemente humanas. Javé / Jeová promete mundos e fundos aos patriarcas, tudo no plano material e nada no reino espiritual. Segundo os evangelhos de Mateus e Lucas, esse mesmo deus hebraico tentou seduzir Jesus, como havia seduzido Abraão. Prometeu glória e todos os reinos do mundo a Jesus, mas foi rechaçado: vade retro, Satan.
Os demais povos da Ásia ocidental e da África setentrional não suportavam o povo hebreu e lhe deram esse nome por significar nômade e bandido. Os egípcios o expulsaram. Esdras fez uma epopéia dessa expulsão. Deu-lhe o nome de Êxodo. Nem os hebreus se suportavam. Separaram-se: duas tribos conservadoras e ortodoxas ao sul da Palestina (Judéia) e dez progressistas ao norte (Israel). Os judeus odiavam os israelitas. Em virtude desse temperamento, estiveram à beira da extinção no mundo antigo e sempre se colocavam como vítimas. No mundo moderno não tem sido diferente e mais uma vez esse povo quase foi extinto em conseqüência dos seus defeitos morais. Os judeus buscam a riqueza material de modo lícito ou ilícito (lenocínio, estelionato, suborno, apropriação indébita) com o propósito de dominar o setor financeiro dos países e controlar os governos valendo-se do poder econômico. Segundo a bíblia, Javé/Jeová abençoa a riqueza e deu ao povo judeu o direito de dominar todos os reinos da Terra, ainda que para tanto fosse preciso matar, roubar, espoliar. Na Alemanha, durante a crise econômica, os judeus adquiriam bens a preços irrisórios, aproveitando-se da necessidade e do desespero das pessoas. Receberam o troco quando Hitler e os membros da sua fraternidade (cruz suástica) assumiram o governo. Para comover os povos, os judeus apelidaram o morticínio de holocausto e até hoje tiram proveito econômico e político dessa esperteza. Enriqueceram com indenizações milionárias pagas por empresas e nações (“A Indústria do Holocausto”, Norman G. Finkelstein, RJ/SP, Record, 2001).
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O autor é professor e juiz de direito aposentado, de Penedo

Um comentário:

Anônimo disse...

Esclarecedora e oportuna a análise do dr. Antonio Sebastião. Estamos assistindo a mais um genocídio promovido pelo governo de Israel. Sem a devolução dos territórios ocupados em 1967 e a criação do estado palestino não haverá solução. O mundo espera que a partir do dia 20, com a posse de Barack Obama, haja uma luz no fim do túnel, por enquanto muitos ainda morrerão, notadamente o povo palestino.